Moda como extensão do corpo: Corpo e existência
- Larissa Souza
- 14 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de ago. de 2020
Ao longo da história da moda ocidental é possível observar as diversas representações e explorações do corpo feminino, que passa a ser visto com maior atenção com o início da Revolução Industrial, e passou a ser investigado e aproveitado como força ativa com a ascensão do capitalismo e, principalmente, com a necessidade de nova mão de obra para mantê-la ativa em tempos de guerra, no início do século XX. Essa luz frente ao corpo feminino foi importante para o esclarecimento do corpo feminino como força revolucionária, assim como o início do entendimento das opressões diárias e históricas elucidadas por diversas pensadoras, não era pauta principal, mas característica entender para entender a relação corpo-mundo diante da acelerada transformação do mundo. Ao passo que as mulheres se entendiam como força transformadora novas tecnologias se lançavam à luz, a comunicação avança e as fronteiras se tornam cada vez mais diminutas, os processos tecnológicos se aceleram, as técnicas aprimoram a indústria, o Capitalismo e a Globalização se estabelecem e toda transformação a partir daqui funciona partindo da premissa desse novo modo de existência.
Esse processo coloca o corpo feminino frente a vulnerabilidades, sendo explorado de diversas formas, principalmente pela mídia, a fim de seduzi-lo e dominá-lo.
Sabemos que a moda já foi, e ainda é, cruel com as mulheres desde o princípio, coagindo-as em direção a um processo de pressão estética com padrões de beleza cada vez mais inalcançáveis. E mesmo inserida no mercado de trabalho a mulher ainda se vê atrelada a ao estereótipos impostos, sobrecarregada com as atividades domiciliares, sendo mãe, mulher, filha, perfeita. É diante desse processo que Donna Haraway advoga sobre o corpo Ciborgue e a eliminação de barreiras de gênero que ainda existam na atualidade.
Seu Manifesto foi inspiração para um desfile feito por Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci, para a temporada de Outono/Inverno 2019 em que coloca suas aspirações e desejos por meio de referências ao Manifesto, construindo símbolos e mensagens, através das cores, formas e texturas.
Essa proposição, tanto da autora do Manifesto Ciborgue, quanto do estilista Alessandro Michele, será analisada aqui nessa série de textos sob a ótica da história da moda através de duas teorias da comunicação: A escola de Frankfurt e a Teoria dos Meios, que se propõem de forma transversal na moda acompanhada pelas mídias e pelo Capitalismo em sua forma mais pura.
Aqui seguiremos com uma série de textos que inicialmente foram propostos para a matéria de Teorias da Comunicação a fim de se familiarizar com o tema e imergir nos questionamentos propostos, estes são:
Nos vemos ao longo dessas divagações, espero que esse compartilhamento possa afetar a vocês de alguma forma.
Até breve,
Lari.










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